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Página  4                                                                                                                               

Pudera ser, Fortes

(Onde aquela reciprocidade jaz)

 

      De todos que vim a conhecer, dos poucos que chegaram a me envolver – você! Por quê? Nunca antes, tamanha instigação tinha me batido à mente, ao peito ou o que quer que seja que me deixasse desse jeito – estremecido. Deve ter sido o olhar, mas não sei... não sei o poder de uma foto.  Não me boto a atentar a isso. Disso, o de menos, de todos os aspectos serenos – inteligência, como se estivesse munido das mais reflexivas palavras e, a todo tempo, pronto a poetizar. Logo, ambos a conversar, interesses a combinar e tudo leva à convergência. E, entre um e outro intervalo, crucial instigação. Não. Não pode ser! O que eu fiz para merecer? Sua voz, seu corpo, sua essência e tudo mais... isso me deixa herético, descomunalmente me encontro céptico a você, que tira minha paz! Aliás, quem é você? Você realmente existe? Persiste algo em mim que bem conheço – um avesso querer que sempre se deu, mas, então, me enlouqueço. Agora é diferente, é como se, com você, fosse absolutamente, extremamente fluente em mim! Mas enfim, deixa disso, talvez melhor ficar assim e, simplesmente, não pensar ou sequer tocar nisso, pois de todo o meu querer, uma única realidade – distância, por mais que seja gritante e desedificante esta minha ânsia, seria bom demais ser verdade. Do beijo que se falou – desejo! Vejo que nem tudo que almejo, posso, um dia, dizer: “se concretizou!” Daquele toque, daquele olhar, daquela voz e tudo que gera qualquer sentimento – sonho? Então... me ponho a me segurar, pois, do ar que respiro – o chão a pisar; de tudo em que me inspiro – da dor a me esquivar, e da vida, pela lição que tiro – o tempo a passar, não pelo fato de decorrer, mas pelo que há a nos ensinar. Do sim ao não ou do não ao sim, só o fim, assim, em algum momento poderá, perdido entre felicidade e sofrimento, amizade ou esquecimento, de fato, falar! E tudo mais que se possa dizer – você: um só tormento! Por mais que eu tente ser forte...

                                                                                                                                                                                                         Marvin San - 20 .03.2016

                                                EsPeLhO

 

Assim como o oceano que reflete o azul do céu - Sou para ti!

Trato-te como então?

Tu gostarias que eu mudasse algo, irmão?

Não, duvido! Pois só reflito e reflito.

 

Faço, simplesmente, o que o espelho faz para ser eu mesmo para ti!

Assim, nada evito...

Então, quero brincar contigo...

Ou preferes brigar comigo?

Sou seu reflexo-amigo

E seu próprio-inimigo.

Podemos e não podemos

E se somos – seremos.

Simplesmente, pois bem imito!

 

Somos 11: Ouro, prata e bronze!

De repente, nada ou tudo.

Espada ou escudo - contra ou a favor.

Aliás, faz-me um favor: ama-me!

Chama-me, dá-me a mão...

Algo de ruim?

Não!

 

Poderíamos ser fogo: dor, distância ou aflição!

Mas da companhia, a nossa implicação,

Vem o teu, o meu e todo fruto.

Enquanto tal – normal!

Busco sempre um bom produto!

        Marvin San - 2012

Viver? É exercer a loucura.

Logo, digo nunca querer ser normal,

pois seria muita alienação, uma desventura!

                                                        Marvin San - 06.4.14

Serra dos Noronhas - Itanhandu-MG

                    Estágio

 

Assim como uma fumaça que desaparece no tempo – Não sou diferente!

Sou do tempo, sou de momento – que passa e se esquece.

Tudo acontece, nada parece – a vida é o tempo da gente.

Tudo é enquanto é... Nada muito se estende.

Tudo pouco se entende

E mais se pretende buscar,

Até acabar...

 

Enquanto senso – essência.

Quando transcendência – esperança.

Saudade é ser criança.

Vontade é ser eterno

E terno é ter vida,

Saída pra todas as respostas.

Mesmo com peso sobre as costas,

Opostas são as certezas

E as belezas são iguais:

Se hoje sim – amanhã talvez

Como sempre – também, jamais!

Eis, então, tal qual uma vez...

 

E que transcenda tal própria existência!

 

(Pois) a experiência se compõe e se põe como o sol

E sobre o lençol em que me deito, perco a consciência

E, a partir daí, já não sei, como já não ouço e já não vejo.

Já não sinto nada nem mesmo um beijo,

Mas ainda estou aqui - ou além?

Sozinho - ou com alguém?

Somos todos células desse corpo.

Poros deste solo

E é incerto este colo,

Onde até o mais fértil se torna nada nessa estrada!

 

Estendem-se pele sob este sol,

Que ilumina, aquece e queima

E teima como um farol,

Que se apaga quando já sem caminho a iluminar,

Energia para continuar...

 

Que o ar, a luz, o solo e tudo mais

Reste enquanto essência,

Nesta experiência que jaz

Enquanto já não se sabe.

Então, que acabe,

(Pois) Quem sabe se consiga o que uma resposta faz...

                              Marvin San - 2012

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