O mundo, uma poesia
Blog sob construção - como a vida, que nunca para!













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Supostos à conclusão de cada ato, faz-se ação contrarrazão de viver – fato. Vive-se à morte e crê-se morrer à vida. Lançados à sorte, eis a saída!
Marvin San - 2014


Ah, Que Minha Amante Queira!
Sublime caatinga – ó sertão!
Faço-me distante perante a tal poesia.
Aqui a Serra Chora Verde a deitar-se ao chão.
Pássaro à Pedra, Pedra ao Monte e uma só perfeição:
Alegria de viver onde vida faz-se em magia!
Face à mandingueira, faz com que, aqui, amante queira
e viva como se quer e sequer se arrependerá.
Toda sorte. Nenhum azar! Eis aqui amor e, dor, não terá.
Assim, faço eu – aço meu deste lindo lugar!
Pois és templo de beleza – fortaleza em tempo.
Que mata! Atlântica de verdes mares...
Cujos ares que cá veres, mudarás pensamento.
Eis ó monumento gigante – irradiante,
de brilhos singulares!
És minha amante. Eu declaro, é claro!
A razão deste coração que se faz todo teu.
És sim tão fascinante. Ó orgulho meu!
Sair daqui? Jamais! Eis lugar de paz - raro!
Que minha amante queira... queira eu sempre viver aqui!
Onde viver é um sonho em que me ponho a ser feliz.
És de dia amante e, à noite, exuberante imperatriz.
Que minha amante queira... queira eu sempre ser por ti!
Altaneira – é catedral, é modal a apontar para o céu,
Pois santíssima, é trindade – verdade a qual sou fiel!
Cordilheira – é mãe a reinar, a imperar sua grandeza,
Pois esplêndida, é majestosa – poderosa, ó natureza!
Marvin San - 15.04.16
Doce Sacrifício
Tudo que começa tem de acabar – tudo tende a ser nada!
Assim se vive. Assim se morre.
Tudo se vai, mas tende a voltar – toda saída é chegada!
A vida não para e assim corre.
E nos encontramos perdidos,
Conhecendo o desconhecido!
É sonho ou pesadelo?
Fato ou ficção?
Será esse mundo uma fábula?
É comum ou modelo?
Útil ou em vão?
Será essa vida uma parábola?
Por esse mundo se entra e sai – madrugada vira dia!
Aqui se ganha. Se perde também.
Todo confidente, um dia, trai – amor vira antipatia!
O mundo segue nesse vai e vem.
Seguimos certos na contramão,
Na companhia da solidão!
É sonho ou pesadelo?
Fato ou ficção?
Será esse mundo uma fábula?
É comum ou modelo?
Útil ou em vão?
Será essa vida uma parábola?
Fácil ou difícil?
A todo tempo se pode sorrir como chorar.
Viver e morrer. Amar e odiar.
Será tudo isso um doce sacrifício?
No desespero do esperar,
Vivemos em paz morrendo em guerra,
Pois assim é o mundo. Assim é a Terra
E sempre será!
Marvin San - 2008


Alusão à Ilusão
Condicionado à inércia enérgica vital, vivo a morte de cada dia e espero que essa não se baseie apenas em uma palavra a definir um fim – o meu, o seu, o nosso enfim. Espero a dúvida de ilusão contínua de uma essência plena, que se crê, não ser realidade de se fazer só valer em utopia, a quero como não fantasia, ainda que somente caiba em mim a possibilidade de se manter assim, a fluir rumo como uma energia esgotável e não tão potável de uma resposta correntemente positiva de conclusão óbvia, a qual o próprio condicionamento vital me proporciona a esgotar e, portanto, julgar que se finda. Coleciona-se, então, minha tenra solidez ao sofrer tudo que me resta ainda. Enquanto viver – tal um sempre estar; enquanto um ser – tal qual o meu lugar. Depois de estar – nada a se dizer, tudo a se esquecer. Era uma força a conduzir o fingir de se valer que viver teria, assim como sua plenitude, em que minha atitude jamais me levaria.
Marvin San - 01.12.13