O mundo, uma poesia
Blog sob construção - como a vida, que nunca para!

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Doce Ilusão
Não tenho nenhum medo,
Mas de repente posso ter.
Então preciso saber se posso mesmo lutar.
Por que se ainda é cedo,
Em algum momento não vai ser.
Por isso quero saber se posso um dia acordar!
Será a vida efeito de sonhar?
Sei como sou pequeno
E como o mundo é grande,
Mas só quero é saber até onde posso chegar.
Já que não sou ingênuo,
Sei que sonhar é brilhante,
Mas preciso entender o quanto se pode buscar!
Será a vida efeito de sonhar?
Doce ilusão, não vou me render,
Nem só viver a morrer em vão!
Será a vida uma doce ilusão?
Marvin San - 2007
Porta
É só uma porta e não importa o que por ela passar,
pois, ainda que, por ela tudo e muito se entra – sai.
Tudo, naturalmente, tem seu lugar.
Assim é meu coração e não tão-somente minha mente.
Não há paixão que muito pese – o sofrimento que se preze.
Porta aberta pelo vento é momento que se estende, mas que não se prende.
Logo, nada muito dói, tudo, com certeza, sim, se corrói,
contudo eu estou ali à porta, que mesmo velha e torta, se põe a fechar.
Eu sou assim – me contradigo. Sou poderoso e mendigo.
Sou simplesmente o fim que a vida me faz, pelo caminho que sigo, pelo que a entrega me traz!
Marvin San – 15.11.18
Nada nos pertence e nada no vazio daquilo que não podemos controlar: tudo!
Marvin San - 06.01.15
Amar
Esperança
Amar e nada mais querer. Amar e nada mais saber. Amar e nada mais fazer. Amar, amar e amar...! Mas preciso de ti para amar?
O que é o amor? Tenho um sentimento, mas sem ti, o que seria? Como seria?
Dormir, sonhar e acordar pensando em ti. Ó, amor! Viver os dias, por assim levar a vida - uma companhia, um beijo, um abraço, uma conversa, um amasso, uma transa...
Sim, amor e, se não, dor... sem amor, solidão? Se não amar, senão ainda viver? O que dizer amar? O que fazer amar? O que entender amar? O que ser amar? Sentir por alguém, mas e se não alguém por mim? O que, então, amar? – Uma compreensão, uma confusão, enfim. Aflito sou eu sem ti. Tu, eu e a vida. A vida e um não entender; o que diz, então, a vida ser? O mesmo ao amor, que atrai e desenvolve não só o bem em si, mas, para mim, o que não sei; o que não posso viver sem e, ainda que seja assim ou como quer que possa ser, e, portanto, será, amar (ou não) e sentir tudo o que não sei descrever...
Se bom, não sei, mas quero. Se ruim, não sei, mas espero. Acredito viver o amor e seja lá quem for, chamarei, ti: “ó, meu amor!” - Minha alegria, minha dor... meu fluir, meu sentir – viver o amor é amor à vida! Então, deixe-me amar-te, deixe-me viver-te, amor!
Marvin San - 15.12.13

