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Página  6                                                                                                                               

Bairro Teodoros - Itanhandu-MG
Bairro Jardim - Itanhandu-MG

                                                          Lins – (Longe Estranho)

 

Um conhecer, mas não visualizar,

que me faz curiosamente apaixonado por aquilo que vinha procurando há tanto.

Ó que encanto! Você, o mundo e meu espanto!

 

Um se manter e não abandonar,

que se faz inteligentemente fechado, mas, enfim, a fim daquilo que o tanto espera.

Mas quem me dera! Só eu e você: uma quimera!

 

Tão distante a proximidade que se estabelece...

Tão errante a certeza com que se compromete...

Mas quem acha que sou? O que te faz pensar que quero?

Aqui estou e te espero, bem como o nada que me oferece

E a verdade do que se promete!

 

Um concordar, mas, sim, a iludir

que reflete a mesma insensata atitude por algo que, então, diz tanto querer.

Ó, os dois a perder! O tempo a passar e a vida a correr...!

Marvin San - 26.05.13

                                             É-me ininterrupto

 

Decompor a ser o que sempre será

foi ter edificado o que é e não mais:

ter vida que se pode, que se quer,

ser autoalém e entender como é.

Assim como ser, bem como eu só!

 

Decidido, então, sempre, sempre!

Ser o louco ar de não ser normal,

tal como um, senão um só respirar.

De um ser, um novo pensamento,

à única e breve aventura de se tomar!

 

Era vã, insuficiente e, talvez, inerte.

Para nada, de se temer a não bem-soar.

Para que designa era? Não se entende!

E, por sua vez, assim, de fato, se fez:

“novas asas, um novo entendimento,

uma querença vital de um só tormento,

a presença total de uma própria exatidão,

não perfeita, mas singular de satisfação!

 

Para uma existência de afinco nexo,

onde não se conhece um só neutro fato,

tal como simples, bem como complexo

e, de tal modo, um único e fixo ato:

fuga não mais, medo jamais por, assim, ser,

por um fim ter e ter que ser assim!

 

Em diante, ser mediante a tudo mais

aquilo que se quer, para aquilo que se vai,

daquilo que se foi e daquele que, então, é.

Logo, ser sempre o ser que sempre será!

Ser como tal, ser como é

e não mais, ser o que for,

mas ser...

... EU!”

Marvin San - 2008

              Eu Quero Um Novo Alguém

 

É saudade o que eu sinto, eu sei.

É saudade o que me faz sofrer,

Mas já que eu sei o quanto falhei,

Deixo a história se refazer.

 

É necessidade o que eu tenho.

É necessidade o que me vem

E a mesma vontade, mantenho

Pra dividir com outro alguém.

 

Eu quero um novo alguém,

Com quem eu possa estar.

Um alguém pra eu ser feliz,

Que me faça um aprendiz.

Que seja alguém pra eu amar!

Marvin San - 2007

                                      Vapor-Ação

 

Há muito, busco entender e sentir o que não nunca vivi.

Acho um tanto estranho – faz-se como água para mim:

Insípida, inodora e incolor – bem como de sólida à gasosa...

Bem, apresenta-se vital, contudo, sem forma própria.

Não quer nem saber, simplesmente apropria-se de si,

Mas visa-se ao outro – o que, às vezes, torna-se vazio.

Diz-se começar quente, valente e belo como o sol.

Sempre achei meio contraditório, mas o que não é?

Vejo por aí, ouço por, assim, ser, mas, de fato, desconheço,

Encontro-me do avesso e percebo-me, então, a pé.

Será que eu fujo? Porém eu não me ponho a correr...

Músicas, filmes, livros sobre esse, que se faz abstrato.

De fato, concreta abstração, em que cuja minha distração não se põe;

Contrapõe-se ó minha compreensão! Aqui bate manso.

Não avanço o tempo – o realengo vão de um só viver.

Vejo refletidos em sorrisos, choros, verdades e interesses...

Esses, já não se sabe. Cabe o mesmo, a esmo, a valer?

Não sei responder. Não sei sequer se quer tanger...

Aí, explosão! Aqui, desconexão contínua de um sentir.

Na verdade, minto. Sinto nada, por já ter sentido.

Aliás, sentido, não encontrara e para antes de se pôr,

Valor tamanho, que não vi, por isso, aqui a sobressair.

Não me pega não me apegar à pregação que se vê...

Assim, difero, pois defero a interferir antes de mais nada.

Indiferença à crença que se pode fazer, ponho-me.

Oponho-me, talvez, a sofrer, uma vez que vale conter.

Agora, digo: “não faço por onde, não faço querer.

Aqui se esconde um todo a não se pôr a valer.

Se aí aberto, aqui é certo que só se tem a viver.

Uma vez que tal ato esse faz-se por, momentâneo, ser.

Faço só seguir, deixo só rolar – o que acontece acontece e só.

Se assim, sem fim, se resulta, não me ponho a culpa

Amo o que me dá e dá o que tem que ser – entendo que, então, será!

Vida, passo tempo – tempo passa certo e é certo que vou me lembrar.

Na dúvida, a certeza de que tudo (ou nada) passará!”

Marvin San - Nov/2014

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