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Poesia Oculta                                                                                                                        

Tetralogia Maia

  Maia 1

(Onde Tudo Começa)

 

Acho que me encontro em epifania!

Queria esta ser somente uma fantasia,

Mas acho que me apaixonei,

Achei quem eu tanto queria.

A pessoa com quem eu tanto sonhei.

 

Ao te ouvir pela primeira vez – balanço!

Manso era eu, então adeus, eis inquietação,

Ansiedade, volúpia... não mais aquela mansidão.

É estranho, diferente. É, para mim, um avanço.

Não só conheci alguém, mas bem mais: um coração!

 

Daí uma possibilidade – um encontro

Era só para ver o que ia acontecer e pronto:

Reviravolta – um dia posterior de mistura...

...pura forma de paixão, mas não. É loucura!

Será que, pelo menos, mereço um reencontro?

 

Depois de tudo e ainda mais – lembrança

O jeito, o toque, o corpo – que martírio!

É bem só como um intenso delírio, e por quê?

Queria não só um dia nem só esperança,

Mas aos olhos do meu mundo, o colírio - você!

 Marvin San - 03.04.16

                                                                                                     Maia 2

(Alimento de Uma Trajetória)

 

Da primeira memória à alimentação do que quer que se dê,

A realização de uma querença forte – a sorte de reencontrar você!

 

Ao, então, te rever – sorriso ao rosto.

É bom demais para o meu gosto – me sinto entorpecer,

Me sinto desconhecer a mim mesmo

...como se eu fosse novo ao mundo.

Me encontro já não mais a andar a esmo

E, logo, acometido por algo profundo

Em que me tenho e não me detenho de viver.

É, então, aí que entra você – o que não sei responder!

 

É bom e me atrai – mas dói, de alguma forma, também.

Me faz, simplesmente, sorrir – ser mais que um novo alguém.

 

De uma posta vivência – o posto ao, assim, dado.

Errado, seria dizer o oposto, julgado pelo todo consolidado

Que eu estou envolvido até à cabeça

...como se eu sempre o tivesse feito

E não só, temo que seja algo que transpareça,

Mas, afinal, qual o mal? Eu nem sei direito!

De tudo, uma certeza: feliz até então, feliz e só.

Do pouco que sinto e penso, espero não terminar em pó!

 

Do alimento à alma ao tudo ou nada:

“O concreto do já vivido – memória”

Sei que nem toda história é encantada,

Mas eis a minha e sua – uma trajetória.

 Marvin San - 19.04.16

  Maia 3

(Reflexão em tempo – momento de medo, pensamento e conclusão)

 

Hoje é 1º de maio, Maia, e eu não te vi.

Estou aqui... a pensar no que poderia ter acontecido,

Onde a gente poderia ter ido e, o que mais, eu não sei...

Ei, o que é isso que você me faz?

 

Hoje faz 15 dias. Hoje, então, faz sentir aqui

E eu senti... mas há estrada a percorrer, tenho me contido

Tenho buscado sentido, chão diante de um não possível

Que horrível! Temo tão-somente pelo imprevisível.

 

Mas ainda que eu possa esperar o que quer que venha a calhar,

Fracasso quanto a mim mesmo diante do que você me causa.

É como uma pausa em minha essência que parece, então, se dar.

Só não sei tudo que eu sinto e eu não consigo mesmo evitar.

 

Penso em você. Penso em te encontrar novamente.

Embora, eu possa a vir a temer de alguma maneira,

Penso que foi verdadeira toda essa nossa passagem

E não é sequer só uma bobagem ou truque da mente.

Você é realmente tudo aquilo que esperei de alguém!

Marvin San - 01.05.2016

                                                                                                                                           Maia 4

(Borboletas a voar)

 

Pensando... não sei se eu fora acometido por uma tamanha inocência,

Mas sinto que “aquilo” mudou, esfriou – de repente, expira-se uma essência.

Esta, que não sinto mais pelo ar e, enfim, juro, confesso me incomodar,

Confesso que, então, cesso quanto a mim na desconfiança de um fim a pairar

E “tudo bem”, quem nunca se pôs a tal? É normal. Tenho consciência!

 

No entanto, tamanho é meu carinho, mesmo que, talvez, para um estranho.

E, por mais que eu meio me esquive, só um pensamento em você e já me assanho.

É só pensar no todo que eu tive, onde, com você, estive para tudo se traduzir.

Admito sim ser forte o que a sorte apresentou para mim e assim me ponho a sorrir

Me ponho a ser grato ao simples ato de você existir, pois, com isso, já ganho!

 

Há dias borboletas habitam meu estômago, mas temo que elas se ponham a voar,

Não de mim ou por mim, mas pelo que tem acontecido, havido de se ter que tomar.

Entretanto, desse ar, insisto em, fielmente, respirar e não o deixarei me fazer abster,

Contanto que o tempo não mude e venha a esfriar, senão eu vou ter que me aquecer,

Eu vou ter que caçar borboletas novas e fazê-las crescer até a primavera chegar...

 

Bem, há 28 dias que nós nos vimos, mas um pouco mais que nos descobrimos

E eu apenas sei pensar nisso e em mais nada, só na jornada em que nós nos abrimos,

Desse abrir, eu confesso ter sugado tudo sobre você e estou aqui assim, não sei o quê,

E juro que eu não gostaria que isso se esvaísse de mim, mas sim que se desse de você,

Sei que será difícil encontrar alguém do seu tamanho... e queria saber: “por quê?”

Queria sinceramente o dia em que pudéssemos dizer: “conseguimos!”

Marvin San - 14.05.16

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